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"Muitos perderam o emprego, faliram, destruíram seus casamentos , foram para a cadeia e acabaram até executados por terem dito a verdade. Não estou advogando uma vida de prevaricação, mas é preciso deixar claro que a honestidade pode causar muita dor"
Donald G.Smith


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16.11.04

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O vagão das virgens

Essa noite tive um sonho. Raramente lembro dessas ilusões quando acordo, flashs de cenas aleatórias poluem minha mente até cair no esquecimento, mas esse sonho foi diferente. Muito real. Estava numa estação deserta de metrô, pra ser mais exato a mesma estação da galeria daqui da cidade. Descalço e apenas de cueca, e o saguão de espera estava nublado e quente, como se fosse uma sauna gigante. De repente uma luz no túnel anunciava a chegada do transporte, e o metrô era vermelho e as janelas embaçadas pelo calor no seu interior, dava pra notar que estava lotado por dentro. A melhor parte do sonho foi quando de dentro saíram lindas garotas. Isso mesmo garotas nuas, seminuas, algumas com lingerie, outras apenas com os seios nus, loiras, morenas, brancas, mulatas, vieram em minha direção e começaram a me apalpar, eram dezenas de ninfas com suas línguas deslizando sobre o meu corpo, parecia flutuar sobre seus corpos esguios e molhados, então ouço uma voz “Parem com isso !”, e elas se distanciam de mim entrando de volta no metrô. Então vejo Paulão com sua barriga protuberante de cueca samba canção de bolinhas azuis dando tapas nas nádegas das garotas “Todas vocês são umas putinhas, vadias putinhas. Entrem de volta, essa não é nossa estação”, então ele veio em minha direção e disse “O seu metrô não é esse, precisa esperar o das virgens”, perguntei “Das virgens ?”. As garotas começaram a chamá-lo de volta, e Paulão foi andando e tirando a cueca, infelizmente vi sua bunda gorda, e antes que a porta do transporte se fechasse e as garotas começassem a sufocá-lo com suas bocas me disse “O vagão das virgens vem te pegar daqui a pouco, guarde suas energias”. Então o metrô sumiu adiante pelos trilhos com gritos de prazer e sussurros no seu interior.

Fiquei me perguntando “Vagão das virgens ?”. Como se não bastasse toda situação bizarra que lhes escrevo, eis que em seguida veio então um vagão rosa com o letreiro escrito “Virgens”. A porta se abre e dezenas de garotas se pisoteando para sair do seu interior, correndo na direção oposta a minha e as que vinham em minha direção por engano, gritavam assustadas como se eu fosse um mostro maligno. E por última, para minha total surpresa, Francisca, a mãe de Daniela, dentro de uma roupa de couro preta, colada no corpo, acentuando seus fartos seios e o seu quadril perfeito, parecia uma fantasia sadomasoquista, e então ouvi um “Splaft ! Splaft !”. Era o chicote de Francisca, que freneticamente rodopiava no ar no mesmo estilo de Indiana Jones.

- Gustavinho, Gustavinho... – pôs as mãos na cintura com os mesmos olhos vidrados de uma pessoa alucinada pelas drogas – quer dizer que você é o desvirginador de garotas ?
- Desviriginador de garotas ? – observei atrás dela as garotas lá no fundo do saguão, encolhidas num canto, que nem galinhas fugindo do abate.
- Esse é o vagão das virgens, você deve desvirginar todas essas garotas puras e inocentes.
- Mas eu não quero fazer isso, elas parecem assustadas.
- Splaft ! Splaft ! – as chicotadas passaram zunindo no meu ouvido – a próxima vez eu arranco um de seus olhos com esse chicote! Corra atrás delas. Maldito !
- Correr ? Isso seria um estupro.
- Há, Há, Há, Há – as suas gargalhadas pareciam trovões ensurdecedores – O lobo mau se arrependendo do seus atos. Você estuprou minha linda filhinha. Agora você deve desvirginar todas essas garotas.
- Você é louca e... - Splaft ! Meu olho esquerdo fora puxado pelo seu chicote – Maldita você arrancou meu olho ! – gritei

Peguei o meu olho que estava no chão e tentava inutilmente colocar ele de volta no rosto. Então ela gritou com a voz de mil demônios:

- Tenha sorte de você ter ainda um olho, se eu lhe arrancar o outro ficara mais difícil de pegar as virgens.

Corri com o rosto coberto do sangue que saia do buraco da minha face, as garotas corriam com gritos histéricos, eram dezenas, não foi difícil agarrar uma, mesmo enxergando com um olho, escolhi uma de saia pela facilidade de se tirar a calcinha, parecia um lobo invadindo um galinheiro devorando a sua presa. No sonho, meu pênis estava sempre enrijecido como se fosse uma arma pronta para o combate, a garota me arranhava o rosto, depois as costas, uma luta sobre o chão, e com muito custo conseguia a dominar, falei no ouvido da garota “Desculpe, me desculpe” e quando a penetrei, me assustei quando uma sirene que ecoava por toda estação. E sai de cima da garota e ela foi caminhando calmamente para dentro do vagão das virgens, limpando as lágrimas e cabisbaixa com o seu sangue manchado no vestido. E logo acima no letreiro luminoso da estação tinha um placar com os números 01/30. E a névoa que cobria a parte superior deu lugar a uma arquibancada com uma multidão me ovacionando e gritando “Gustavo ! Gustavo ! Gustavo !”. Consegui ver a minha mãe segurando uma faixa com os dizeres “Filhinho, mamãe te ama”. E tinha a galera do colégio, meus tios, minha vó Rosilene com uma faixa com letras garrafais “Vamos netinho. Foda todas elas !” e finalmente Daniela toda sorridente no camarote vip me mandando beijos.

- Ande maldito ! Ainda faltam 29 garotas ! Splaft ! – gritou Francisca rodopiando seu instrumento de tortura
- Esperem ! Isso está errado ! – um silêncio nas arquibancadas se manifestou e Francisca já ia me dar uma outra chicotada para me arrancar o meu último olho – Esperem ! Daniela não era virgem !

O silêncio continuava.
- Não fale mentiras. Você tirou a pureza de minha filha. Agora vai ter que desvirginar essas garotas inocentes.– disse Francisca
- É a pura verdade ! Ela não tinha o sangue da pureza quando transou comigo ! – afirmei apontando em direção de Daniela.

Toda a multidão virou os olhos para o camarote vip isolado na parede do saguão. E Daniela se sentindo intimidada, gritou “Ele está mentindo. Ele me alcoolizou e me estuprou violentamente !”

- Maldito seja ! – disse Francisca com um fogo que lhe saia do olhar.

Francisca me deu outra chicotada – Splaft - e tudo ficou escuro. Então acordei assustado sobre minha cama, com a camiseta ensopada de suor e o coração batendo forte no peito, fiquei aliviado ao conseguir enxergar a penumbra do cômodo, o brilho da lua iluminando a janela. Não dormi mais, olhei para o rádio-relógio e era quatro da manhã. Fiquei apenas olhando para o teto. No café da manhã, para minha surpresa Francisca me ligou no celular. Estava com minha mãe na minha frente, e atendi a chamada.

- Não adianta fugir mais Gustavo. - disse ela, parecia que o sonho estava se tornando realidade
- Francisca ? – me levantei da mesa e fui até área de serviço para minha mãe não ouvir, estava suando frio, pensei no chicote dela por um momento
- Gustavo, estou te aguardando no restaurante Mario´s Canrad, amanhã as 14:00 hs.
- O que a senhora quer falar comigo ?
- Sobre Daniela !
- Porque falar dela ?
- Você precisa saber algumas coisas sobre minha filha.

Então desligou na minha cara. Imaginei ela então vestida de couro e com os peitões apertados dentro de uniforme sadomasoquista me dando chicotadas no restaurante. Até esqueci de terminar o meu café da manhã.


# Publicado por GUSTAVO | |

Atenção: Esse diário possue gravíssimos erros de português, se você encontrou algum erro não precisa avisar nos comments. Eu sei que sou um ignorante.

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