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"Muitos perderam o emprego, faliram, destruíram seus casamentos , foram para a cadeia e acabaram até executados por terem dito a verdade. Não estou advogando uma vida de prevaricação, mas é preciso deixar claro que a honestidade pode causar muita dor"
Donald G.Smith


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13.12.04

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Uma violência utópica

Jáiro Arruda, esse é o nome do ex-namorado de Valquíria. Pelo menos essa foi a informação que ela me deu. Não nos encontramos no parque, Val veio na minha casa, queria me ver, não queria conversar pelo telefone. Falei sobre minha sede de vingança, disse que nunca tinha sentido tanto ódio por alguém, ninguém leva um murro de graça, apenas por estar com uma garota. Ciúmes ? Não me importo com esse tipo de sentimento, nunca tive ciúmes de ninguém, posso ver minha parceira conversando com qualquer macho, que não sinto ciúmes, sou seguro com meus relacionamentos, se sinto que minha garota está insegura sobre a relação, já mando ir catar coquinho. Foi assim com Daniela, senti insegurança no namoro e deixei o caminho dela livre. Quer tirar o tio amante da cadeia ? Vai fundo. Não quero fazer parte dessa rede de brigas e amor entre familiares. Agora levar um murro por causa de ciúmes é uma coisa que não consigo absorver com facilidade, se o maldito pensa que ia deixar de comer a Valquíria por causa de um murro, se enganou. Quero que ele sinta a dor na carne, não basta saber que estou transado com ela, e ter outra crise de ciúmes. Ela me disse que não vale a pena, ele é um bruto sem cérebro, namorou com ele por quase um ano, se arrependeu desse romance e me aconselhou “Gustavo, um erro não justifica outro”. Não fui em uma delegacia delatar a violência sofrida. Não ia adiantar de nada. As pessoas vão na polícia denunciar seus agressores, que nem crianças chorando dentro de uma escola, procurando a tia pra falar do amiguinho que lhe deu um cuspe. Pra mim a polícia só funciona quando existe um cadáver frio no chão, e mesmo assim o assassino na maioria das vezes fica livre.

Olha só um caso interessante, a minha prima Ana, que é irmã do meu primo Thiago, namorou um rapaz por 3 anos, um carinha que era bem visto na família, até o dia que ele agrediu Ana. Chegou em casa com o olho roxo, tadinha da Ana, disse que caiu e machucou o olho. Meu tio e o Thiago conseguiram arrancar a verdade dela, o namoradinho realmente bateu nela, aliás, batia nela constantemente. Eles não foram procurar ajuda da polícia. Fazer justiça com as próprias mãos foi a melhor alternativa ? Não sei, o ex-namorado perdeu muitos dentes, quebrou algumas costelas, foi espancado pelos dois machos da família. Thiago tem um taco de beisebol, me lembro que ele me mostrou as manchas de sangue na madeira, na época achei um absurdo. Hoje não. Só aceitamos a violência como ela é, depois que sofremos a primeira agressão, é fácil ter repúdio da violência, mas quando sentimos o gosto do seu veneno, nos tornamos parte dela.

Nesses dias tenho tido sonhos incomuns, sonhos alimentados pela minha cólera. Num desses sonhos estava correndo no parque com Valquíria, no céu nuvens escuras, nos dois num total silencio, o parque estava deserto e logo a frente aparece o meu agressor, parado com a mesma roupinha medíocre do dia em que desfaleci com seu murro. Paramos de correr, estava ofegante, Valquíria foi em direção do Jaíro, fiquei atrás uns 10 metros.

- O que você quer Jaíro ? – perguntou ela.
- Quero você.
- Nós terminamos, se esqueceu – ouvia tudo aquilo impaciente.
- Você e minha putinha. Larga esse moleque, ele não é homem o bastante para você.

Começou a desferir inúmeros tapas no rosto de Valquíria. Fiquei quieto observando ele jogar ela contra o asfalto, então olhei no chão e peguei uma pedra um pouco maior que minha mão, parecia uma pedra lascada feita pelos primeiros homo-sapiens. A agressão continuava, com Valquíria se contorcendo no chão com os chutes do covarde. Ele olhou pra trás por um segundo a tempo de ver a pedra ser arremessada com toda a minha força contra a sua face esquerda, ouvi o barulho oco do seu osso mandíbular se deslocando do crânio. Jaíro cambaleou no chão com a mão segurando o queixo, cospia sangue. Ele agonizava enquanto caia de costas no chão, peguei a pedra de novo e com as duas mãos, enterrei a ponta sobre sua testa, os olhos saíram da órbita e ali ele agonizou por alguns segundos. Valquíria já estava em pé, com hematomas no rosto, limpei na minha blusa alguns vestígios de sangue, prosseguimos o percurso de nossa corrida como se nada tivesse acontecido. Acho que era assim que os seres humanos se socializavam numa época primitiva, o macho defendendo sua fêmea, e seguindo o seu caminho nômade pela Terra. Um instinto de sobrevivência que todos nos temos. A violência combatendo a violência.

Quando acordei do sonho, me senti feliz, um pouco aliviado. Não contei para Valquíria sobre essa minha utopia bizarra. Fomos para o meu quarto e transamos, minha mãe não estava em casa, ficamos a vontade para copularmos que nem dois animais. O gosto dela era diferente do da Daniela, não tenho como descrever o sabor do sexo da Valquíria, sinceramente. Da outra é mais doce, já os fluídos da Val eram abundantes, por isso gozou rápido. Subi meu corpo por cima dela e a penetrei devagar, seus seios firmes tinhas as aureolas grandes com os mamilos pontudos, dei uma mordida de leve ela soltou um gemido, seus seios eram o dobro de tamanho da Daniela. Como havia dito, Val era uma mulher que preenchia uma cama. Suas pernas se prenderam nas minhas que nem um alicate, ela tem as coxas bem torneadas e fortes, não me impressionei com sua força pélvica, afina de contas ela é uma triatleta. Gozei dentro dela, sem camisinha mesmo, sem me preocupar com qualquer conseqüência. Gozei outra vez comendo ela de lado, depois ela galopando em cima de mim e chupando minha pica com uma voracidade igual a das putas que vejo em vídeos de sacanagem. Joguei pra fora toda minha porra acumulada a cada orgasmo. Acho que ela gozou umas 8 vezes, mulheres tem essa facilidade de ter vários orgasmos, elas tem esse privilégio divino.

Fiquei deitado sobre a minha estreita cama, esgotado, ela com a cabeça deitada sobre meu peito, com a raiz de seu cabelo molhada pela oleosidade do exercício sexual. Por um instante a dor do meu nariz quebrado voltava, após a anestesia da excitação sexual. Então me lembrei do sonho, da pedra arrebentando a mandíbula do maldito e depois abrindo sua cabeça.

- Gustavo, acho que te amo. – disse ela adormecendo.


# Publicado por GUSTAVO | |

Atenção: Esse diário possue gravíssimos erros de português, se você encontrou algum erro não precisa avisar nos comments. Eu sei que sou um ignorante.

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